Saneamento não convencional participativo para comunidades em situação de vulnerabilidade socioambiental
Temas Relacionados
Localização
Av. Brasil, 4365 - Manguinhos, Rio de Janeiro - Rio de Janeiro / RJ
Áreas de Atuação
Prevenção
Resumo
O objetivo da implementação dos Sistemas Alagados Construídos coletivos e unifamiliares associados a tanques sépticos em comunidades em situação de vulnerabilidade socioambiental em área adjacente ao campus Fiocruz Mata Atlântica, é promover a participação social e a apropriação comunitária na reaplicação e gestão deste sistema enquanto uma tecnologia social. A importância desta proposta para o campo da saúde e sustentabilidade consiste na apresentação de uma alternativa viável e adequada às características deste território para resolver um problema crônico na saúde pública que é a ausência de saneamento e a exposição do esgoto no solo de comunidades com baixo poder aquisitivo. A implantação de soluções alternativas para o tratamento dos efluentes domésticos, priorizando sistemas coletivos para grupos familiares, proporcionará melhoria da saúde e qualidade de vida uma vez que reduz a exposição a doenças como diarreia, enteroparasitoses, além do mau cheiro e degradação ambiental. Esta questão é de grande importância especialmente para o enfrentamento da emergência sanitária COVID-19 em comunidades em situação de vulnerabilidade socioambiental, que neste caso, situam-se em área de amortecimento de uma unidade de conservação (Parque Estadual da Pedra Branca). Estas tecnologias não convencionais promovem, ao mesmo tempo, melhorias estruturais sanitárias (coleta e tratamento dos efluentes domésticos) e integração da população local (oficinas de capacitação e implementação) para a promoção de um habitat saudável e sustentável. Para a mobilização e integração das famílias no processo, a metodologia consiste em oficinas de autoempreendimento, nas quais são trabalhados temas como a colaboração comunitária, saúde coletiva e o impacto ambiental, associados à capacitação na implementação/manutenção de sistemas descentralizados de tratamento de efluentes, bem como o apoio à implementação dos sistemas unifamiliares e pactuação do processo de gestão comunitária dos serviços de saneamento. Face ao exposto, para subsidiar a reaplicação deste conjunto de ações (soluções técnicas e metodológicas), os resultados alcançados serão sistematizados e divulgados em formato educativo, com vistas à ampliação de seu alcance em contextos similares. "Os Sistemas Alagados Construídos (SAC’s) são reatores que se beneficiam das associações naturais entre substratos (meio suporte poroso), microrganismos, vegetais e condições climáticas, para depuração de efluentes. Através da associação entre as estruturas hidráulicas, os meios de suporte, o regime de escoamento e as condições ambientais, tais unidades promovem a digestão da carga orgânica, ciclagem de nutrientes e o decaimento de microrganismos. Neste sentido, a solução apresentada, é considerada uma inovação em sistemas descentralizados de tratamento de efluentes domésticos, por meio de unidades coletivas ou unifamiliares, para serem implementadas por mutirões de autoempreendimento, para gradativamente reduzir o lançamento irregular de esgoto in natura sob o solo e em curso d’água nos territórios. Os SAC’s tem sido apresentados como uma técnica ambiental economicamente viável, por utilizar o recursos naturais e renováveis, e apresentar fácil operação e manutenção, tornam-se indicados para aplicação em regiões carentes de saneamento básico, adequando-se perfeitamente aos países de clima tropical, como é o caso do Brasil. E, por sua simplicidade conceitual e facilidade de construção, sem consumo de energia, são adequados ao tratamento de diversas águas residuárias, incorporando-se ao paisagismo residencial e urbano. A concepção dos SAC’s, nas comunidades do Setor 1, sobressai-se à outras alternativas, pelo fato de que, para sua implantação serão utilizados, além das espécies vegetais e substrato filtrante (brita #2 e #4 e areia lavada), a impermeabilização por Geomembrana em trechos com profundidade média de 0,40 m, o que reduz sensivelmente o custo de implantação, viabilizando a sua adoção por famílias com recursos financeiros limitados. "
Local da Implementação da Solução
Comunidades do Setor 1 da Colônia Juliano Moreira, Jacarepaguá/RJ
Abrangência
Regional
Parceiros
Internas – Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental / Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP); Externas – Universidade Federal Fluminense (UFF); Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); Fundação Centro Universitário Estadual
Quais os principais resultados observados (até agora)?
"Espera-se, com os resultados deste projeto, demonstrar, que as intervenções que aqui são propostas, - como observado - além de beneficiar as famílias assentadas nestes locais, possibilitam sua reaplicabilidade em comunidades similares que sejam próximas a Unidades Ambientais no município e no Estado do Rio de Janeiro, oferecendo benefícios à saúde humana e melhores condições de preservação de importantes ecossistemas naturais. E subsidiar a formulação de diretrizes e instrumentos de políticas públicas de promoção de sustentabilidade, através da difusão dos resultados validados sobre aplicações práticas, a um só tempo eficazes no fomento à qualidade do meio socioambiental; e orientadas para promover condições de moradia digna e reduzir a vulnerabilidade sanitária e habitacional no enfrentamento da pandemia Covid-19. "
Status atual da solução
Em aplicação
Como ocorre/ocorreu a divulgação da Solução?
Informações sobre a solução
Pergunta: | Sim | Não |
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A Solução aborda o uso sustentável de recursos, as áreas naturais e o conhecimento tradicional? | - | |
Formou agentes disseminadores do projeto? | - |